quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Beneficiação da estrada Resende - P. Cavalar

Estão a avançar em bom ritmo as obras de beneficiação da estrada de Resende à Ponte da Cavalar . O calvário que se tornou transitar nesta estrada nos últimos tempos está a chegar ao fim.
Agora,com um problema resolvido aguardamos com ansiedade pela efectivação de um velho sonho que é a construção da 222/2, ou seja na versão actual que é a ligação do IP4 à A24, que de acordo com o que o sr. Presidente da Câmara Municipal de Resende , afirmou estará para breve o seu inicio .Pois segundo o mesmo se o governo central o não fizer nos próximos anos será o próprio a resolver .

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Simplesmente ternurento

COMUNHÃO

Tal como o camponês, que canta a semear
A terra,
Ou como tu, pastor, que cantas a bordar
A serra
De brancura,assim eu canto, sem me ouvir cantar,
Livre e à minha altura.
Semear trigo e apascentar ovelhas
É oficiar à vida
Numa missa campal.
Mas como sobra desse ritual
Uma leve e gratuita melodia,
Junto o meu canto de homem natural
Ao grande coro dessa poesia.

Miguel Torga ,in CÂNTICO DO HOMEM

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Mais um restinho de férias




Férias como alguém diz trazem-me à memoria o Alentejo, mais concretamente o litoral Alentejano, Milfontes, onde sempre que posso rumo para desfrutar de alguns prazeres que só aqui consigo usufruir.

Jantar no Fateixa, ir ao fim da tarde até à praia do Malhão e sobretudo ir à pesca mesmo no cais ,mas de preferencia de barco.

A bordo do Duca, ou do Sérica, manhã cedo sairei do porto do Canal, far-me-ei ao mar lá pra além da linha do horizonte, cavalgando na crista das ondas e sentirei o enorme prazer que um dia de pesca me dá.

Depois lá mais para a noite um sargo fresquinho (pescado por mim) grelhadinho na brasa, é realmente um dos prazeres que só aqui posso desfrutar.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

E já lá vão 29 anos

Faz hoje precisamente 29 anos que iniciei funções no então Hospital Distrital de Viseu, mais concretamente no Serviço de Cirurgia .
Em dezoito de Setembro de 1978 a cirurgia era só um serviço , composto pela Cirurgia I , II e III ,tendo logo em Outubro seguinte sido dividida em dois Serviços a I e II Dr. Ricardo (depois Dr Mega) e Dr . Ferrari e a III do Dr. Malaquias.
Quão importantes foram os três anos que aí passei no meu desenvolvimento profissional.
Recordo com saudade os colegas desse tempo em especial o chefe da altura Enfermeiro Justino e o Dr Mega de Andrade.

domingo, 16 de setembro de 2007

O casarolo da Ferraria

Quando a imagem nos toca ,para quem conhece,todo o comentário é por demais desnecessário.

O senhor Professor Lopes



Hoje ao falar com um conterrâneo residente no Brasil,surgiu à conversa a propósito de registos de nascimento o nome do Professor , Senhor Lopes.
Procurei nas minhas fotografias e encontrei esta preciosidade ,com quase 70 anos.
Se os Felgueirenses se orgulham de serem letrados , das Freguesias do concelho de Resende com maior percentagem de cursos superiores, talvez se deva a este Homem que incutiu nos nossos pais /avós,a vontade de aprender.
Obrigado senhor Lopes por este grande legado.

sábado, 15 de setembro de 2007

Tapadas da Bustarenga

Tapadas da Bustarenga uma pequena maravilha escondida
Felizmente que Felgueiras ainda tem lugares como este.Aqui o bicho homem pouco alterou, o que é uma raridade.
Quão maravilhoso é passar um dia à sombra destes frondosos amieiros,ouvir o chilrear dos pássaros e o suave murmúrio das águas correndo no riacho.
É um sonho antigo adquirir estes terrenos para a Junta de Freguesia ,para aqui fazer um parque de merendas,sem grandes alterações Pena é que o dono não esteja interessado em vender.
Se quiser conhecer , com um veiculo todo o terreno vai lá dar, corta no cruzamento do Barreiro na estrada Felgueiras São Cristóvão logo no primeiro ramal de terra batida à esquerda e cerca de 2 Km encontra este paradisíaco cenário.

Os Castanheiros

Tudo nesta árvore é prodigioso e admirável. Chamavam-lhe os velhos serranos os ossos de Portugal. Que são pluricentenares di-lo o prolóquio que reza a sua vitalidade: trezentos anos a crescer, trezentos no seu ser e trezentos anos a morrer. Alguns, pela sua grandeza ou qualquer outra circunstância, deram o nome à localidade. Na Beira há muitos povos assim chamados. Até um, na estrada de Moimenta para Lamego, se chama Castanheiro do Ouro.
O castanheiro, escusa-se dizê-lo, é o rei da nossa flora. Tudo ele dé, sombra, de comer, lenha, e uma madeira preciosa que tanto desafia o caruncho como o tempo. Com efeito, a madeira de castanho longal é branca e dura como o aço; já a do rebordão é vermelha e doce como a cera, sem perder as qualidades natas da resistência. Era desta espécie que imaginários e entalhadores se utilizavam na escultura e na talha rendada dos altares. O canivete cortava como em miolo de sabugueiro.
Em pé, o castanheiro é um mundo. Além do seu grande préstimo para o homem, é a cidade livre dos pássaros. Fazem-lhe o ninho nas franças a torda, o melro, o gaio, o marantéu, o tentilhão e outros; nas pernadas altas abrem sua cela, com a goiva do bico, o peto e o cavalinho. Após eles vem a poupa, a ave especiosa de pente sevilhano na cabeça, e elege ali o gineceu. De modo que o castanheiro é uma árvore de virtudes universais. Dá sustento ao pobre e ao rico; sombra fresca como a água ao viandante e à romeirinha; lenho admirável para trave e masseira, caixilho e arca; oferece um abrigo cómodo aos bichinhos de Nosso Senhor. Que mais?
Todas as manhãs embaciadas do Outuno, se vêem raparigas de capucha pela cabeça, giga debaixo do braço, dobradas pelas leiras à apanha do fruto paquenino e maravilhoso. Depois, por altura dos Santos, virão os rebusqueiros. São os pobres das aldeias em que morreram os soutos ou que sempre careceram desta árvore providencial. Aos bandos, antes que venham os corvos rebuscar o folhedo, varejam eles os castanheiros.

AQUILINO RIBEIRO, in Panorama, 7-8, 2º série.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

InJustiça


InJustiça


Quase todos os dias ouvimos dizer mal da justiça (tribunais) deste país. Os meus últimos contactos com os mesmos só vêm comprovar a realidade nua e crua, ou seja isto é bem pior do que se possa imaginar.
Senão vejamos, aqui há uns meses atrás fui indicado como testemunha num processo a ser decorrer num tribunal de uma cidade da zona centro deste País.
Primeira marcação de audiência e após espera demorada no átrio do tribunal fui informado que o julgamento iria ser adiado para uma data posterior, segunda intimação a situação repetiu-se, à terceira enquanto ia vericando as presenças , a funcionária que o fazia, disse com o ar mais natural deste mundo, que não sabia se iria haver julgamento, pois não havia sala disponível. Ao fim de largos minuto resolveram o problema da sala (seé que realmente existia), mas não conseguiram arranjar mais alguns minutos para que todas as testemunhas fossem s ouvidas todas , daí novo adiamento. À quarta convocatória , houve realmente Julgamento, foram precisos apenas alguns minutos para todas as testemunhas serem ouvidas.
A questão que então coloquei foi como era possível terem-nos feito perder quatro dias de trabalho e percorrer mil e tal Km., para falar pouco mais de cinco minutos.
A resposta óbviamente só pode ser falta de organização e desrespeito pelo cidadão comum.
Hoje num outro tribunal de uma vila do interior, novamente testemunha, num processo resultante de um acidente de viação que já se arrasta há cerca de dez anos, pela terceira vez fui convocado para nova audiência. Estranhei o facto de testemunhas que já haviam deposto terem sido convocadas novamente sem que às mesmas fosse dada qualquer informação sobre a razão de nova convocatória, presumi eu que poderia ter havido qualquer problema técnico e não houvesse registo e daí ter de ser repetido o depoimento. Às 14 horas após os procedimentos da praxe,( verificação da presença das testemunhas) e quase acto continuo somos conduzidos ao gabinete do Meritíssimo Juiz que laconicamente informou que o Julgamento iria ter de ser adiado pois não se tinha averiguado se o queixoso já havia recebido alguma indemnização da Segurança Social.
A única questão que se coloca é que quem instruiu o processo foi negligente, ou incompetente, mas no momento presente esse magistrado já foi transferido para outra Comarca, provavelmente até terá sido promovido, a sua incompetência esquecida e como em todas as histórias o Zés é que se lixam.
No meio disto tudo a minha revolta é tanto maior, quando quem hoje me obrigou a ir em vão a esse tribunal, foi a mesma que mercê do pedido de um relatório de Fisioterapia ,feito em tempo de férias e entregue alguns dias fora do prazo, se não coibiu de aplicar uma coima de cerca de cinquenta contos, (ainda funcionavam os escudos) ,assim realmente não dá.

sábado, 8 de setembro de 2007

Faz hoje 500 Anos

Remonta ao dia 8 de Setembro de 1507 a ocupação pelos Portugueses da ilha de Moçambique, a que se seguiria a construção de um forte. Faz portanto 500anos.Foi o primeiro estabelecimento europeu na África Oriental, nove anos depois dos contactos inaugurais com a região, por altura da mundialmente célebre viagem de Vasco da Gama, em 1498.

Efemérides,Visão nº 721