quarta-feira, 14 de novembro de 2007

DIABETES

Diabetes
Sete por cento do orçamento da Saúde "em custos directos" é o preço que Portugal paga por causa da diabetes, segundo afirmou o coordenador do Programa Nacional de Combate à Diabetes, lamentando a assimetria regional das medidas de prevenção das complicações associadas à doença.
Segundo este especialista, o novo Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes Mellitus – deve ser "prioritário no âmbito do Plano Nacional de Saúde (PNS), uma estratégia global para ganhos em Saúde em vigor até 2010", e "não um entre os 40 programas [de luta contra várias doenças] que existem".
Os epidemiologistas vêm alertando, para a tendência de crescimento da incidência da doença, devido ao envelhecimento da população, ao sedentarismo e aos maus hábitos alimentares. Defendem os vários especialistas que para combater a diabetes, essa luta tem de envolver os ministérios da Saúde, Educação e Cultura, visto que a doença surge associada a um "défice cultural". Além disso, como a diabetes está intimamente ligada à obesidade, a prevenção e combate passa também pelo "aumento do nível de escolaridade".
Nas comemorações do Dia Mundial da Diabetes foi lançado o livro 'No Pico da Liberdade', promovido pela Associação de Jovens Diabéticos de Portugal, que descreve a aventura de sete jovens portugueses (entre os 18 e os 31 anos) que em 2005 conseguiram chegar ao cimo do Kilimanjaro. Foram os primeiros diabéticos do mundo a conseguir alcançar o ponto mais alto de África (5.895 metros de altitude).
Ana Martins – autora do livro e mãe de um dos jovens – disse que decidiu escrever "porque achei que a história deles devia ficar documentada, para que todos os diabéticos acreditem que podem viver a sua vida normalmente". A obra visa, também, "sossegar os pais e quebrar mentalidades e preconceitos".
Há cinco anos, Ana Martins soube que o seu filho, actualmente com 22 anos, era diabético. Recorda-se que descobriu a doença por acaso, ao observar que o seu filho: "passou a beber muita água e emagreceu muito. Além disso, ia frequentemente à casa de banho e comia muitas coisas doces". Uma visita ao médico foi o bastante para o diagnóstico. Hoje, o filho (cujo nome prefere não revelar) leva uma vida normal, fazendo frequentemente os testes para o controlo, o tratamento com insulina, e ajudando a combater a doença através do desporto.

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