sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

MUSICAS DE SEMPRE

Pink Floyd - Another Brick in the Wall

The Moody Blues - Nights in White satin´67
Procol Harum - A Whiter Shade Of Pale
http://www.youtube.com/watch?v=N6Gx-IhODR0
Supertramp - The Logical Song
http://www.youtube.com/watch?v=pBAasek8NR4 ´
The House Of The Rising Sun
Brothers in Arms - Dire Straits
Streets of fireFire Inc. - Nowhere Fast
Fotografia - Os meus discos de vinil janeiro 2008

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A PRIMEIRA NOITE

Foi o filme que até hoje mais vezes aassisti "A Primeira Noite " vi-o a primeira vez no início dos anos 70 ,no agora renovado Teatro Ribeiro da Conceição em Lamego, sem dúvida, um dos melhores filmes produzidos nos anos 60. Realizado pelo cineasta Mike Nichols.
No elenco, Anne Bancroft, Dustin Hoffman e Katharine Ross dão um verdadeiro show de interpretação.
Foi a banda sonora, com várias músicas de Simon & Garfunkel, onde se destaca "The Sounds of Silence" (que abre e fecha o filme), é simplesmente maravilhosa, que contribuíu para que o visionassse vezes sem conta.
A bela fotografia, assinada´por Robert Surtees, é um outro ponto alto do filme.
Enfim, "A Primeira Noite " tem todos os ingredientes presentes num grande filme, o que o torna em minha opinião imperdível.


http://www.youtube.com/watch?v=9hUy9ePyo6Q

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Operação Nariz Vermelho

Sorrisos no hospital
Nos corredores há sorrisos, gargalhadas, palmas. Nos quartos há música e silêncio. Há máquinas ligadas, pinturas nas paredes. Três "doutores" de nariz vermelho conhecem a pediatria do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil, no Porto, como a palma das mãos. Respeitam o espaço e os humores de cada um. Todas as semanas tentam levar um mundo diferente.

http://clix.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/203349

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Falar do tempo


Fala-se do tempo,
Quando não há assunto
Ou então fala-se do tempo,

Quando já é realidade distante,
Momento presente, ou futuro que virá.
Falar do tempo
É recordar, é chafurdar no passado, é tentar adivinhar o futuro.
Há contudo um tempo, que urge aproveitar,
Porque ele vem, vai, mas não volta, corre desenfreado,
E quando o procuramos, já o não achamos.
Concluímos, apressadamente então que é tempo.
De viver, de amar, até mesmo de errar,
E se restar tempo
Viveremos, sonhos, Fantasias, Lutas por nobres ideais.
Por vezes apetece recuar no tempo,
E logo vêm à tona alegrias passadas
Ou frustrações recalcadas,
Que gostaríamos de, ou não repetir
No presente ou no futuro
Se houver tempo.
Mas, o tempo é irreverente, de tão perto fica distante,
E de repente,
Já não somos do outro tempo, nem mesmo já deste tempo.
Em veloz correria, passou com rapidez tal
Que o hoje já é longínquo
Mas o tempo, indiferente
Continua a passar, consciente
Que ninguém o pode agarrar.


As minhas escritas , Barreiro , Novembro de 1999

http://www.youtube.com/watch?v=3uNyPefjS88


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

A vida da Aldeia

S. Martinho de Anta, Natal – A vida tem na aldeia um ritmo que a cidade nunca poderá entender. Cada compasso, aqui, dura um ano certo. Porque se mata o porco só pelo Natal, se os salpicões ficam salgados passam-se trezentos e sessenta e cinco dias a repetir:
- Os salpicões ficaram salgados.
A correcção apenas se poderá fazer no ano seguinte.
Cada semente que a mão lança à terra, cada árvore enxertada, cada lagar de vinho, prendem o homem a um pelourinho de expiação de doze meses. Desde que haja engano numa realização, só na próxima sementeira, época ou colheita se poderá retomar a liberdade, para de novo semear, enxertar e pisar – e apagar da própria lembrança e da dos vizinhos o erro vital cometido.


Miguel Torga, in “Diário IV “– 4ª edição, pág. 142

Fotografias ,Pimeirol, Agosto de 2003
Beirós, Setembro 2007

domingo, 10 de fevereiro de 2008

PARABÉNS TIO ACÁCIO...

Hoje dia 10 de Fevereiro, o tio Acácio completa oitenta e oito profícuas primaveras, nada mais adequado para o saudar neste dia , que a transcrição de um soneto da sua lavra, precisamente com o título "Fazer Anos"

Sinto que fazer anos é correr
Na veloz caminhada que conduz
Ao portal negrejante,de tremer...
Onde se apaga deste mundo a luz.
xxxxx
Mas essa caminhada tem segredos
Que,alegres,nos propomos desvendar
Sempre que nos sorriem sonhos ledos,
Quando fazemos anos a sonhar.
xx
Portanto ,vale a pena fazer anos,
Pois tem-se o grato arrolo da esperança,
Mesmo que vão surgindo desenganos.
xx
É com o fazer anos que nos vem
Toda a felicidade da pujança
E o renovar de amor que a vida tem.
xx
Fotografia - Capa do livro um CANTO DO MONTEMURO
FAZER ANOS in UM CANTO DO MONTEMURO de Acácio de Almeida

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Enfermagem !!



Mil e umas razões encontraria para justificar o porquê de um dia ter eleito a Enfermagem como a minha profissão.
O vídeo abaixo indicado,(youtube) isenta-me desse trabalho ,pois permite transmitir com clareza ,,passados trinta anos ,manter a convicção que fiz a escolha certa,mesmo quando alguns pensam que poderia ter optado por outra profissão ,na área da saúde.


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Casas de Parto à espera para nascer

As casas de parto, um meio-termo entre o domicílio e o hospital, são uma opção para quem deseja um parto natural e, como em Portugal não existe nenhuma, já há parteiras espanholas interessadas em abrir a primeira, escreve a Lusa.
Fundador da Associação Portuguesa de Enfermeiros Obstetras (APEO), Vítor Varela, que esteve em Novembro em Berlim - «onde existem cerca de oito casas de parto, todas ao pé de maternidades» - lamenta que a realidade nacional seja «tão diferente».
«Em Portugal não existem casas de parto e a lei diz que o nascimento deve ocorrer em ambiente hospitalar», declarou, revelando que, todavia, «várias parteiras espanholas e algumas holandesas» já o sondaram sobre o assunto, tendo as espanholas perguntado mesmo «qual a viabilidade de montar uma no país».
Actualmente a trabalhar no Hospital de São Bernardo, em Setúbal, Vítor Varela afirmou que, em Portugal, «a formação dos enfermeiros obstetras não é devidamente aproveitada».
«Aqui vivemos o modelo médico, em que não é reconhecida a qualificação e a responsabilidade dos enfermeiros obstetras, ou parteiros, apesar de estes serem abrangidos por uma directiva comunitária».
«Se uma mulher quiser ter um filho em casa, pode escolher uma parteira ou parteiro da sua confiança, mas este não tem protecção legal caso algo corra mal, pelo que muitos recusam fazê-lo independentemente de terem competência para isso», afirmou o ex-dirigente da APEO.
«Em Portugal, deixou de haver o verdadeiro cuidado pré-natal, aquele que mantém a futura mãe informada», criticou o enfermeiro, exemplificando que, «enquanto em Berlim as grávidas são analisadas caso a caso, no nosso país ainda há centros de saúde sem enfermeiras especializadas em saúde materna".
«A política de saúde tem de incluir estas pessoas, até porque a sua formação custa caro ao Estado português e depois não é aproveitada», sublinhou, concluindo que, neste caso, «perde a pessoa que se formou, perde a grávida, que podia desfrutar de outro acompanhamento, e perde o país».

2008/01/31 12:35Helena de Sousa Freitas da Agência Lusa
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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

O álcool mata









PREVENÇÃO RODOVIÁRIA BRASILEIRA



terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

ENTRUDO


Coimbra 17 de Fevereirode 1953 - Entrudo. Um dreno social, que apesar de contrariado vai funcionando. Quando perla manhã fazia a visita quotidiana às livrarias, a primeira coisa que vi foi um sujeito, habitualmente pacato, eu guiava o seu automóvel ostentando uns enormes bigodes postiços. E gostei que aquele pobre cidadão recalcado tivesse a oportunidade de uma façanha de que não seria capaz noutra ocasião.
Mora dentro de nós um bobo açaimado. Um infeliz corcunda, grotesco, andrógino, que o espartilho das convenções obriga a seguir direito elegante, másculo, sob pena de descrédito e de prisão. Mas como tudo tem seus limites, até o fingimento, o diabo, em boa hora, apiedou-se de nós. E deu-nos o Carnaval este alivio, este feriado moral, esta inversão dos códigos. A grande maioria da humanidade, contudo, não consegue esperar pelo dia da licença. Sem poder suportar aos ombros o carrego de doze meses de virtudes obrigatórias, vai-se disfarçando pelo ano adiante com as variadas mascaras que as circunstancias permitem. E temos a multiplicidade de dominós conhecidos. De toga, de farda, de capa e batina, de borla e capelo, de sobrepliz ou de bata, o homem sente-se protegido por uma cobertura que lhe esconde a solidão e o realça na corporação. Que o desindividualiza, em suma. E eis-nos diariamente numa representação consentida, obrigatória até, caracterizados pela mão hábil e previdente das próprias instituições.

Miguel Torga, Diário VI in 3ª Ed Coimbra, 172
Imagem- Carnaval de Lazarim