sábado, 23 de fevereiro de 2008

Falar do tempo


Fala-se do tempo,
Quando não há assunto
Ou então fala-se do tempo,

Quando já é realidade distante,
Momento presente, ou futuro que virá.
Falar do tempo
É recordar, é chafurdar no passado, é tentar adivinhar o futuro.
Há contudo um tempo, que urge aproveitar,
Porque ele vem, vai, mas não volta, corre desenfreado,
E quando o procuramos, já o não achamos.
Concluímos, apressadamente então que é tempo.
De viver, de amar, até mesmo de errar,
E se restar tempo
Viveremos, sonhos, Fantasias, Lutas por nobres ideais.
Por vezes apetece recuar no tempo,
E logo vêm à tona alegrias passadas
Ou frustrações recalcadas,
Que gostaríamos de, ou não repetir
No presente ou no futuro
Se houver tempo.
Mas, o tempo é irreverente, de tão perto fica distante,
E de repente,
Já não somos do outro tempo, nem mesmo já deste tempo.
Em veloz correria, passou com rapidez tal
Que o hoje já é longínquo
Mas o tempo, indiferente
Continua a passar, consciente
Que ninguém o pode agarrar.


As minhas escritas , Barreiro , Novembro de 1999

http://www.youtube.com/watch?v=3uNyPefjS88


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