terça-feira, 25 de setembro de 2007

COMUNHÃO

Tal como o camponês, que canta a semear
A terra,
Ou como tu, pastor, que cantas a bordar
A serra
De brancura,assim eu canto, sem me ouvir cantar,
Livre e à minha altura.
Semear trigo e apascentar ovelhas
É oficiar à vida
Numa missa campal.
Mas como sobra desse ritual
Uma leve e gratuita melodia,
Junto o meu canto de homem natural
Ao grande coro dessa poesia.

Miguel Torga ,in CÂNTICO DO HOMEM

2 comentários:

Anónimo disse...

Eu tb gosto muito do Miguel Torga

beijos (ainda de longe por causa da estúpida virose que me tem posto literalmente K.O.)

Mana Velha (ou Mariadosol já que a Tinta azul não gosta que use Velha!!! eheheheh)

Anónimo disse...

Miguel Torga, incontornável. A força das suas palavras, quiça, resultado da " granítica " origem da sua existencia, aliadas á profunda sensibilidade,e respeito pela pessoa humana, a que a profissão o "obrigou ",a exponenciar, será sempre ume referência para a "gente do Norte "

Né "tudoanorte"