quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Ditos que ficaram na memória dos Felgueirenses

Muitos são os ditos, que se contam de tempos idos, com alguns personagens , Felgueirenses ( já todos falecidos) que ainda tive o privilégio de conhecer e que de certa forma pretendo recordar.
Dos muitos existentes , os que aqui apresento, são fruto de um único critério foi terem-me vindo à memória.
Lanço contudo um desafio, a quem como eu gosta de Felgueiras e conhece destas preciosidades ,antigas ou mesmo recentes que as partilhe com todos ,publicando-as, ou fazendo-mas chegar.
Os personagens intervenientes serão tratados como o eram nessas épocas

SUJEITO-ME

Conta-se que em determinado dia a Sr.ª Virgínia , Catequista e pessoa muito ligada à Igreja , ao passar pelo Sr. Toninho Borges se tenha sentido na obrigação de o catequizar, o que a levou a perguntar-lhe .

Oh Toninho então tu não vais à Missa ?
Olha que assim vais para o inferno!
Resposta na ponta da língua , olha oh Virgínia Sujeito-me

O INFERNO NÃO SE FEZ PARA OS CÃES

Ao que consta a Madalena, mais conhecida por Madalena Mouca quando se metiam com ela, ripostava com alguns palavrões. Consta também que alguém zeloso da moral a terá repreendido dizendo-lhe que a dizer tanta asneira iria certamente para o inferno para o inferno.
Resposta pronta da Madalena - atão ele num foi feito pos cães



A CULPA FOI DE QUEM TE PRA AÍ MANDOU

Tudo isto se passou-se no Barreiro entre o sr. Francisco de Almeida (Francisquinho do Barreiro” e o Sr. Manuel Loureiro .
Ao que consta o Sr. Manuel tinha problemas nas pernas daí ter a alcunha do” manco de Pimeirol” e que a juntar ao facto de ser manco usava umas chancas de tamanho anormal Certo dia encontrava-se o dito manco a colmar um palheiro (colmar consistia em colocar fiadas de palha de centeio tendo como finalidade fazer uma cobertura) ao executar a tarefa , ordenando a palha debaixo para cima em carreiras ,colocava a primeira fiada facilmente , quando tentava por a segunda com as chancas arrombava tudo após repetir a tarefa algumas vezes o Sr . Francisquinho que o observava disse-lhe .

Olé desce lá daí pra baixo .
A culpa não é tua . Foi de que te para aí te mandou.

Ainda hoje se utiliza em Felgueiras com muita frequência esta expressão
Lero lero não resolve nada é dinheiro e "catrapilo"(catrapilar)

Esta foi uma das muitas frases que alguém pronunciou e que ao longo dos anos vezes sem conta é repetida, tornando-se património cultural de Felgueiras.
Segundo os mais velhos a frase foi proferida pelo Sr. Albino Duarte na residência Paroquial aquando de uma reunião da população de Felgueiras tendo como pretexto a construção da estrada do Arco para Felgueiras.
Dada a dificuldade em obter dinheiro para a sua construção, pois o poder da altura não contribuiu com um centavo.
Ao que se consta após acalorada discussão como deveria ou não ser feita, pois nessa altura o trabalho era braçal e quando o Sr .Padre Adelino Teixeira se encontrava no uso da palavra foi o mesmo interrompido pelo senhor Albino Duarte que lhe disse-

Padre Adelino "Lero ,Lero não resolve nada é dinheiro e catrapilo "

1 comentário:

Anónimo disse...

Álvaro,
Acho óptima esta tua iniciativa do blog e esta ideia de coligir os "ditos" típicos de Felgueiras. Vou ver do que me lembro para te mandar. Entretanto peço-te por favor que não os publiques com erros de digitação... eu sei que são de digitação... Vá lá. ... Dinheiro e caterpilar...
A tua prima mais velha.